terça-feira, 25 de agosto de 2009

Oh, Meu caro...





Meu caro amigo,
Olha como é a vida
Estava eu aqui
Você, por aí...

Eu, menina moça
No gozo da bela vida,
Sem o que reclamar
Entre sambas e choros...
Sorriso largo, alegria estampada
E o tão querer da boêmia fantasia

Do amor já não me restava nada
Sequer procurava
Tamanha aventura ou coisa qualquer
Somente
A mais tenra liberdade

Daí você surge
Meio anjo
Meio homem
Com seus cortejos
E tantas honras...

Chegou de mansinho,
Fez a cama e deitou-se
Fartou-se
Tomou-me de todas as formas
Em teus braços
Daí, quantos abraços!
Afagos
Gozos...

Teu corpo era o encaixe perfeito
Teu riso a melhor de todas as aventuras
Você tinha tudo
Para ser perfeito...

Em pouco tempo
Não se fez diferente
Fez tantas goleadas
Coube dentro das minhas palavras
Entre a meninice e o homem,
O cachorro, lobo, qualquer animal livre e errante
Trouxe-me ao teu instante


Não me assustou
E diante do complexo ser e existir humano
Causou todos os danos
E foi-se
Assim como veio...
Lépido
tão fugaz e rasteiro


Pois agora lhe digo
Da próxima, meu caro amigo
Passe reto
Atravesse a rua
Faça de conta que não viu
Deixe por lá
A mais feliz de todas as criaturas
Viva em sua faceirice


Pois você, meu caro
Hoje transforma a bela em coisa
O encaixe em silêncio
Hoje só me restou o pequeno, o cinza
E o profundo vazio...
Quanto espanto!
Nem sei por onde recomeçar...

2 comentários:

  1. Há sempre uma razão para recomeçar: Tu e a vida que não espera. Foi no outro minuto..Já vem aí o seguinte para preencher, estende as mãos e acolhe a vida!Bj Graça

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  2. Comentários. 1. Você é muito jovem para estar tão desiludida com o amor. Ainda vai encontrar muita confusão pela frente. Vários canalhas inclusive. 2. Preciso do seu e-mail para fazer uma "convocação" aos seguidores do blog (o meu é paulopaniago@gmail.com). Pode ser? 3. Vocês mulheres costumam ter a) um radar para canalhas e b) uma atração toda especial por eles.

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